sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Imprensa 3

O Jornal de Notícias, jornal oficial da Viagem Medieval, dá hoje grande destaque ao evento. "História Medieval ao vivo para milhares de pessoas" é o título da reportagem central, que se complementa com outros destaques sobre a maior recriação medieval da península ibérica e que aspira ao título de maior da Europa já este ano.

História Medieval ao vivo para milhares de pessoas

Até ao próximo dia 10, são esperadas milhares de pessoas para assistir às dezenas de actividades preparadas para mais uma edição da Feira Medieval da Feira. Um dos maiores eventos nacionais, com divertimento para todas as idades.

O cenário está ao nível de uma megaprodução de Hollywood. Cavaleiros imponentes envergando pesadas armaduras passeiam-se de cavalo pelo extenso burgo de 33 hectares. O castelo, situado no ponto mais alto do bosque, será palco de uma tentativa de assalto levada a efeito por mais de uma centena de guerreiros armados que, depois de uma destemida batalha, conseguem conquistar as muralhas. A encenação faz parte da 12.ª edição da Viagem Medieval que hoje arranca em Santa Maria da Feira e se prolonga até ao próximo dia 10. A longa saga de recriações históricas da Idade Média, levadas e efeito na zona histórica da cidade da Feira, têm vindo a conquistar um número crescente de entusiastas. A organização garante que é "a maior do país e das maiores da Europa".

Os artistas sabem de cor o seu papel e as centenas de figurantes, trajados a rigor, deslocam-se nos espaços previamente definidos desdobrando-se em múltiplas funções. Nenhum pormenor foi descurado. Um cenário inaudito que, a partir de hoje, deverá ser apreciado "in loco" por cerca de 500 mil forasteiros que, sem necessidade de pagar bilhete, poderão viver a emoção de se juntar à mega-recriação ou, simplesmente, usufruir do cenário envolvente enquanto saboreiam as sempre requisitadas iguarias da época, como o javali no espeto

120 horas de animação

Os números atestam a grandeza do evento. Cerca de mil pessoas vão trabalhar diariamente nos espaços de animação onde se irão recriar os diferentes episódios históricos, num total de 120 horas de animação. Cuspidores de fogo, contadores de histórias, malabaristas, jogos medievais, música, dança e zonas temáticas completam a oferta diária.

A animação diária de rua e recriações estão acessíveis, sem custos para os visitantes. Mas as áreas temáticas como as justas, a abadia, os banhos públicos, o campo do arqueiro, floresta encantada, noites do castelo ou o grande torneio, entre outras, custam entre um a 10 euros por pessoa. O evento está orçado em 650 mil euros. Mas a autarquia garante que 70% do valor é reembolsável pela iniciativa.

Recriação do Assalto as Castelo está de volta

Há cinco anos que não era recriado um assalto ao castelo de Santa Maria da Feira. Aquela que era considerada uma das iniciativas mais aplaudidas pelos visitantes, deixou de ser efectuada com o argumento de que aquele evento "não se enquadrava em algumas das épocas então recriadas". Mas na edição deste ano, em que se recria o reinado de D. Dinis, é recordado o episódio em que o rei manda publicar um manifesto contra o seu filho, D. Afonso, e seus partidários considerando-os traidores. Em resposta, o príncipe apodera-se de vários castelos na sua deslocação de Coimbra até ao Porto. Na Feira, conquista o castelo que se encontrava, então, na posse de Gonçalo Rodrigues de Macedo.

O assalto ao castelo vai ser recriado no próximo dia 6, pelas 22 horas. Durante hora e meia, cerca de 130 figurantes, dirigidos por 15 elementos do grupo Espada Lusitânia, vão encenar esses momentos, desde a chegada dos guerreiros e a fuga apressada de mulheres e crianças que se refugiam no Castelo.
Depois, assistir-se-á ao percurso, desde a zona do burgo até ao castelo e, então, o momento alto, que será o assalto.

Programa e mapa da Feira Medieval

O primeiro fim-de-semana da feira medieval está recheado de aventuras. Fique a conhecer, ainda, o mapa do recinto, para melhor se orientar.

A abertura, esta sexta-feira, decorrerá com a pompa e a circunstancia equiparadas à dos tempos da corte. Do programa, destaque para as reconstituições históricas no domingo.

Sexta-feira - Dia da abertura

A abertura, com figuras oficiais, está marcada para as 17 horas, no castelo. Às 20 horas, haverá a encenação das "Justas Apeadas" na Praça Nova. À meia-noite, a escadaria do convento dos Lóios vai ser o placo de "O Senhor da Festa".

Sábado - Encenações à noite

Entre as ruas do burgo até ao castelo, a partir das 21.30 horas, vai ser encenada a "chegada das ordens militares". Meia hora depois, a "chegada da Ordem dos Templários", vai fazer-se, também, a partir das ruas do burgo até às margens do rio.

Domingo – Cortejos

Além dos diversos divertimentos (ver infografia em cima) que decorrem todos os dias, durante todo o dia, em vários pontos da cidade, e das barraquinhas de comes-e-bebes, sempre muito concorridas pelos milhares de visitantes da Feira Medieval, para este dia estão reservadas duas actuações. Ao final da tarde, pelas 17 horas, entre a igreja da Misericórdia e o castelo, vai fazer-se a recriação histórica do cortejo e instituição da Ordem de Cristo. Os "milagres da rainha santa" estão reservados para as 21.30 horas, no jardim dos Lóios.

Funcionários públicos atendem munícipes trajados a rigor

A recriação medieval não se cinge apenas à área da animação do burgo e área circundante. Ao entrar na cidade, os forasteiros são confrontados de imediato com vários pendões, com a Cruz dos Pereira (senhores da Terra de Santa Maria), fixados nas fachadas e janelas das habitações. E, numa ida a uma das muitas lojas do comércio local, poderá encontrar os funcionários trajados a rigor com as vestes da época medieval.

Um princípio que se estende ao posto dos Correios e à própria autarquia. Os funcionários públicos que se encontram nos diferentes serviços de atendimento aos munícipes estão trajados igualmente a rigor.

"Além do dever enquanto feirense, é também um prazer colaborar na Viagem Medieval", afirma José Maia, um dos proprietários de uma parafarmácia da cidade.

Aquele comerciante, que decidiu decorar a montra do estabelecimento com motivos medievais, considera que a iniciativa é "uma mais-valia para a cidade". "Temos que colaborar no espírito medieval", concluiu.

Uma opinião partilhada por Mário Oliveira, proprietário da relojoaria e ourivesaria "Marsol". "Isto é muito bom para a cidade". "É pena que não haja mais animação durante todo o ano nesta zona da cidade", afirmou.
Além disso, abriu, recentemente, na cidade, uma loja que vende, especificamente, vestuário da época medieval, com o maior requinte de pormenores relativos àquela época.

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