quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Imprensa 9

Jornal de Notícias
07.08.2008
Feira já conquistou mais 40% de público que na edição anterior

A organização da Viagem Medieval não arrisca estimativa para o número concreto de pessoas que, até ontem, visitaram a presente edição. Contudo, o administrador da Feira Viva, entidade que, juntamente com a Câmara Municipal e Federação das Colectividades, organiza o evento, afirma que os objectivos foram já alcançados e até ultrapassados.
Paulo Sérgio dá como exemplo o facto de os parques de estacionamento terem registado, este ano, um acréscimo de 40% de utilizadores. "A percepção é de que temos muito mais visitantes", refere o administrador. Apesar do número elevado de forasteiros, "tem sido possível visitar todo o recinto com maior facilidade e sem grandes congestionamentos de pessoas", acrescenta Paulo Sérgio, lembrando que isso se deve ao facto de o perímetro do evento ter sido ampliado. As áreas temáticas têm registado um "impressionante" número de visitantes.

Por D. Afonso, ao ataque...

"Por D. Afonso, ao ataque". Foi desta forma que começou, na noite de quarta-feira, o assalto ao castelo, recriação histórica, incluída na 12.ª edição da Viagem Medieval, de um dos episódios mais marcantes do reinado de D. Dinis.
Apoiam-se as escadas à muralha e tenta-se arrombar o portão com o pesado aríete, um enorme tronco de madeira. Minutos antes, já o pânico se tinha instalado com o povo aos gritos e a tentar refugiar-se no interior do castelo, mal se soube da chegada dos partidários de D. Afonso.
Perante uma assistência numerosa e de olhar fixo, centenas de figurantes deram vida a um dos principais acontecimentos que envolveram o castelo da Feira. D. Afonso e seus partidários, acusados de traição por D. Dinis, resolvem, a 6 de Janeiro de 1322, tomar de assalto o castelo da Feira.
Esta trama foi o mote para a esperada recriação que teve o seu auge com a chegada dos guerreiros junto às muralhas. Depois de uma tentativa falhada de negociação entre o arauto de D. Afonso e o alcaide, ocorre a inevitável batalha pela posse da fortaleza, com o mestre de armas a dar início ao combate.
Grupos distintos de guerreiros dirigem-se para as muralhas, subindo por escadas de madeira, enquanto outros tentam derrubar a porta de acesso ao interior. Uma primeira tentativa de assalto que é repelida pelos defensores. D. Afonso ordena então aos arqueiros para dispararem flechas incendiárias para o interior do castelo. Ouvem-se os gritos da população desesperada, ao mesmo tempo que o fumo e as chamas invadem o recinto.
Depois de uma segunda investida e de vários confrontos corpo a corpo, o assalto ao castelo termina com um feroz combate entre D. Afonso e o alcaide. O príncipe sai vitorioso e o alcaide, partidário de D. Dinis, é preso.
No final, o público mostrou--se agradado com a recriação, dirigida pelo grupo Espada Lusitânia e contou com elementos de uma dezena de associações do concelho. "A recriação foi facilitada pelo empenhamento das pessoas que fazem parte das associações. Eles mostraram que têm muito valor", contou, ao JN, João Maia, responsável pela Espada Lusitânia.

Assista ao vídeo do Assalto ao Castelo do JN.

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