segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Imprensa 8

Jornal de Notícias
04.08.2008

Fogaça é estrela na viagem histórica

Nem guerreiros, nem reis ou rainhas lhes ofuscam as atenções. São de pequena estrutura e denotam um aspecto frágil. Mas são poucos os que conseguem resistir-lhe. A fogaça é "estrela" na Viagem Medieval.
Pão doce, símbolo maior de Santa Maria da Feira, não foi alvo de nenhuma campanha de promoção nem de referência particular para a 12ª edição da Viagem Medieval, que, até ao próximo dia 10, recria a Idade Média. Mas também não é preciso. Os produtores da afamada fogaça não têm mãos a medir perante tanta solicitação.
"Se mais fogaça tivesse, mais vendia", afirma Manuel Marques, produtor do tradicional pão doce, com barraca montada no recinto do evento.
"Ontem estive madrugada dentro a vender fogaça", conta, ainda, adiantando que o primeiro dia do evento "correu melhor do que o ano passado". Perante tão elevado número de clientela, não hesita em afirmar que se trata de uma iniciativa "excelente" para o seu negócio, mas também para o comércio da cidade.
Nem mesmo a propalada crise parece afectar a venda da fogaça, porque, explica, "para comer tem que haver sempre dinheiro". "Até fizeram fila para me comprar a fogaça", relatou. Vêm de toda a parte do país para assistir à Viagem Medieval, mas não vão embora sem levar a fogaça. "Já tive clientela do Algarve", confirma. Por cinco euros e alguma paciência, os forasteiros podem adquirir uma fogaça com cerca de 750 gramas, tamanho único.
No dia de hoje, o destaque vai para a recriação dos acontecimentos históricos nos anos de 1319 e 1320. Altura em que se iniciam as hostilidades entre el-rei D. Dinis e seu herdeiro legítimo, D. Afonso. El-rei é acusado pela alta nobreza de favorecer o seu filho natural Afonso Sanches nas pretensões ao trono. Estes e outros factos serão retratados na animação "Cousas da Corte" que vai ter lugar junto à entrada do Castelo, pelas 22,30 horas e, mais tarde, no "Senhor da Festa", na escadaria do Convento dos Lóios.

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