A Investida nasce da evolução do conceito que definiu a linha
orientadora dos últimos 3 anos em termos de macro-espectáculos de batalha. Depois
do Assalto ao Arraial, Fossado e Honra e Glória, o grau de exigência começa a
assumir patamares nunca imaginados, transformando a missão utópica e hollywoodesca
em algo mais palpável e terreno. Assim, em 2012, num molde ajustado, nasce um espectáculo
com o mesmo objectivo de recriar um ambiente de batalha, com uma abordagem
menos preocupada com alinhamentos teatrais e dando primazia a simulação da
realidade da época.
De facto, tudo se poderá resumir a um projecto menos emocional
e mesmo amoroso, para se transformar em algo mais corrosivo e militar. Se na
fase inicial tal se transforma em abordagens de cena mais calmas e pouco
imponentes, na etapa derradeira, o conceito evoluí para um verdadeiro filme ao
vivo.
Em resumo, encontramos um espectáculo com preocupação acrescida
nos efeitos especiais e nas temáticas militares, dando menos importância às
questões de palco, sem que essas tenham sido descoradas.
Poderei falar de pontos positivos e negativos, num resultado
final que prima pela diferença de um projecto de macro-espectáculo de batalha,
que na Viagem Medieval entra na quarta edição, e que sem mudança de rumo (embora
ténue) entraria rapidamente em desgaste. De qualquer forma, acredito que ainda
não atingimos a meta. Poderemos dizer que nunca o faremos, mas nunca deixarei
de acreditar que é sempre possível mais: próximos passos?
A extraordinária ovação do público na noite de estreia foi
sinal da reacção muito positiva ao projecto e da portentosa adesão a um
conceito que já é um marco em cada edição da Viagem Medieval.
Até 12 de Agosto, este projecto poderá ser apreciado nas
Margens do Rio Cáster, depois das 23h15.
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